Anna Libório visita exposição dos Campana no Rio.
Uma provocante floresta de 125 torres de palha de piaçava promete envolver os visitantes do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A instalação faz parte da exposição Irmãos Campana – 35 Revoluções, a maior já realizada por Fernando e Humberto Campana nos 35 anos de existência de seu estúdio, mas que por conta da pandemia do Coronavírus só receberá 30 visitantes por vez. O forte apelo sensorial é uma proposta da curadora italiana Francesca Alfano Miglietti, que convida os espectadores a mergulharem na maneira de pensar da dupla. O caráter político das obras, que transitam entre design e artes plásticas, também fica em evidência.
“Na poética dos irmãos Campana, a arte se conecta à vida, em cada ação artística podemos ver uma ideia de mudança da sociedade”, comenta Francesca. Logo na entrada, uma instalação com 1.600 cobogós com o desenho de uma mão aberta acompanhados da mensagem “pare com isso” alerta sobre o desastre ambiental em Mariana, MG, ocorrido em 2015. Outros recados estarão espalhados em meio a peças emblemáticas como a poltrona Favela e o painel Pele, este em versão agigantada, com 18 m.
Fonte do texto: Casa Vogue
Confiram mais fotos:“O design fala do dia a dia das pessoas. O móvel é um personagem dentro de uma casa. A pessoa tem uma relação com ele, um diálogo, nem que seja visual” – Fernando Campana
“O nosso meio ambiente é o nosso Louvre. A diversidade ambiental do Brasil é a nossa riqueza, nossa moeda de troca. E é importante ter isso em mente para as próximas décadas” – Humberto Campana